O que somos? De onde viemos? Para
onde vamos?
Estas perguntas nunca se calam,
não é?
Temos olhado de algum lugar
taciturno situado dentro nossas almas opacas e voláteis, como um menino olha os
transeuntes passando em frente da janela, o escopo mundano e seu progressivo
movimento circular durante
a História redundando sempre nas mesmas respostas e equações
filosóficas que de nada acrescentam à vida ordinária. “As coisas sempre mudam
para ficarem do mesmo jeito”, é o que sempre digo.
Mas sempre há um grande império
que se levanta todas as manhãs diante de nossos olhares, seu grandioso nome é “E,
SE?”. E, se houver uma resposta? E, se por traz dessas perguntas há uma
resposta? Essas perguntas já não pressupõe uma resposta em si? Afinal, todos
sempre perguntaram isso. Deve haver um “por quê” de perguntarmos isso. Acredito
ser esse o ponto. Sobre este assunto, o movimento filosófico Idealismo passou
perto de chegar a uma resposta honesta. A este somos devedores da ideia do
Absoluto, não é? Mas diferente das ideias gnósticas do idealismo, tenho que ser
mais sóbrio e imaginar que se há um ideal enraizado na natureza humana, há uma
razão que rompe os limites daquele movimento idealista. Há uma resposta mais óbvia
e prática para os nossos dias. Se todos idealizamos um mundo melhor, é porque já
vemos este mundo em algum lugar. A ideia é bem simples, só conheço o amargo e o
doce porque já os provei. Só posso imaginar um mundo melhor porque sei que isso
é viável e de alguma forma já o experimentei, sei que há algo errado com este
mundo. Não há como negar algo tão enraizado em nossa essência. O argumento é
que a semente se torna aquilo que já está em sua genética. Aves nunca pensarão
sobre a saudade de um amor que nunca tiveram. Galinhas nunca pensarão se vão
poder um dia chegar a Lua. Amoras nunca darão limões em seus galhos. Isto tudo
tem a ver com o “para o que cada coisa foi criada”. Então, devemos perguntar: o
que está na nossa gênesis? Para o que nós fomos criados?
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