- A vida não é fácil — acostume-se com isso.
- O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.
- Você não ganhará R$20.000 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.
- Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.
- Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.
- Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.
- Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.
- Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido… RUA!!! Faça certo da primeira vez!
- A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.
- Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.
- Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.[1]
Bill Gates
Ao
nos depararmos com tantas análises sobre a educação moderna e onde devemos nos
situar em nossos tão variáveis contextos escolares, há uma impressão
vertiginosa e desanimadora que nos leva a seguinte pergunta “Onde foi que
erramos?”. O texto apresentado de autoria de Bill Gates nos faz levantar
questões, muitas óbvias, acerca de onde queremos chegar conquanto indivíduos responsáveis
pelo futuro da sociedade. Nós nos deparamos com um latente esgotamento de
esforços e argumentos em prol da educação, onde os jovens parecem estar mais
perdidos e sem noção de valores e princípios do que nossos antepassados. Onde
erramos? Não lhe demos todo o apoio para a formação intelectual e moral para se
tornarem cidadãos produtivos e de bem? A verdade exaltada no texto é que muitas
reflexões precipitadas acerca da educação suplementaram o que é fundamental. Ou
seja, a geração dos nossos pais deu aos filhos tudo o que muitas vezes eles não
tiveram acerca do provimento básico material para as suas formações. Mas onde
está o erro dessa postura? Acredito que houve uma inversão de valores em
detrimento dos valores básicos. Demos aos nossos filhos aquilo que não tivemos
em nossas infâncias. Demos brinquedos, alimentação, direito a educação
acadêmica, e tantas outras vantagens que esquecemos de lhes dar a oportunidade
de apreciar o valor dessas vantagens e bens.
Quando
lemos o texto “A vida não é fácil” levamos um choque de realidade pouco
apreciado pelos educadores modernos. Há nestas palavras doses de despertamento
para a vida como ela é. Este despertamento leva o leitor a refletir sobre a
vida de uma forma mais analítica, e deve levá-lo a empregar este conhecimento
aos jovens que parecem nunca quererem amadurecer para os reais compromissos e
problemas que o mundo trará. Assuntos como o trabalho, hoje em dia, são pouco
abordados no cerne de sua natureza, que é o ato do indivíduo exercer suas
faculdades em prol do bem próprio e comum do outro. O assunto “trabalho” é
visto em nossas escolas apenas sob uma visão míope de instrumento ou
intermediário para se alcançar o dito “sucesso”. “Sucesso” este que nada mais é
do que o aprazimento do Ego sem ter-se nenhuma responsabilidade com a própria
saúde, com o bem-estar do outro, com a preservação ambiental ou com a formação
da família e desenvolvimento de novas gerações. Cria-se assim ideologias que
servem como desculpas para que os jovens não tenham acesso ao seu Eu real e à
verdadeira satisfação do Ser, que passa por uma auto análise existencial e
experimental dos “por quê?” que assombram o pensamento humano desde seus
primórdios conquanto Ser em dúvida. E que elevam o espírito àquele estado de
Ser pensante, racional e crítico.
A
vida não é um sonho a ser sonhado, mas uma história real a ser vivida sob os
absolutos que a ele impõem o seu significado. Os sistemas educacionais devem
portanto, voltar ao ponto onde prodigaram de sua herança intelectual, e
radicarem-se no que é próprio a natureza do espírito do homem, qual seja, a
liberdade de pensamento, a busca da honra e da dignidade, a apropriação dos
valores fundamentais da sociedade, tais quais, Deus, a família e o trabalho.
A
vida não é fácil mesmo, e essa verdade deve estar ao alcance de todos os nossos
jovens que diariamente sentam em suas cadeiras na sala de aula sem qualquer
conexão com os propósitos internos e externos que lhe são dispostos. Há por
causa disto uma geração ansiosa, indisciplinada, angustiada com causas sem sentido
próprio, confusos acerca do que farão no futuro. Esta realidade é lastimável
mas não sem cura. A cura talvez não esteja estritamente ligada a essas 11
lições dadas por Bill Gates, mas com certeza, ela possui valores lembrados de
alguma forma no texto.
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